O selo independente durou seis anos em sua primeira “encarnação” e foi idealizado pelo pianista Gene Russell, no início dos anos 1970. Para a sorte de qualquer um que goste de boa música, mais de uma vez o catálogo do Black Jazz foi ressuscitado. Investia em estilos diversos, mas priorizava o jazz. Lançou trabalhos de free jazz, soul jazz e abriu espaço para algumas coisas de funk e até gospel. Uma das marcas da gravadora era o estilo das capas: todas com fotos em branco e preto, com uma margem negra que deixava a fotografia no meio e os nomes das músicas, dos músicos e do disco escritos em branco nesta margem. A exceção a essa fórmula, que logo caracterizava os discos do Black Jazz, é justamente o último disco do músico, o mais importante do selo, Adam’s Apple, do pianista Doug Carn. Com sua religiosidade sonora e visual que remetia à África muçulmana, Carn gravou quatro álbuns que estão entre as melhores coisas produzidas no gênero. Os três primeiros ao lado de sua esposa, a vocalista Jean Carn, que mais tarde seguiria carreira de sucesso como cantora de disco music. A mistura de jazz spiritual, soul, funk e free jazz de Carn, exemplifica não somente o som feito por seu selo, mas toda a liberdade e espiritualidade que cercavam essas gravadoras fundadas por descendentes africanos.
Espero que vocês tenham gostado! Vejo vocês na semana que vem! Mantenham a fé!!
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